quarta-feira, 1 de julho de 2020






Meu filho golfa na maioria das mamadas. Será normal?

Quando o conteúdo alimentar do estômago retorna para o esôfago, de forma espontânea, caracteriza-se refluxo gastroesofágico e pode manifestar-se apenas como refluxo ou, quando o alimento é expelido pela boca, como regurgitação, conhecida como “golfo” nos bebês.
A frequência com que ocorre o fenômeno e quando causa complicações, passa a ser um problema.
O refluxo é uma condição fisiológica da criança, principalmente até o primeiro ano de vida, pois o mecanismo que contribui para que o alimento não volte para o esôfago, ainda é imaturo. A musculatura que há na extremidade distal do esôfago ainda é incompetente favorecendo o fluxo do conteúdo alimentar do estômago para o esôfago. Sendo assim, qualquer aumento da pressão intrabdominal, que pressione o estômago, como por exemplo, choro, tosse ou até mesmo o ato de evacuar ou trocar as fraldas, favorece o refluxo 
Além disso a alimentação e a posição contribuem para o refluxo, haja vista que bebês se alimentam, nos primeiros meses de vida, basicamente de líquido e ficam muito tempo deitados. Conforme a criança cresce a introdução de alimentos sólidos e a posição ereta, que favorece o esvaziamento gástrico, diminui a presença do refluxo.
A ocorrência do refluxo se dá em seu pico em torno dos 4 meses de vida, quando a criança se movimenta mais, ocorrendo ao menos um episódio de regurgitação ao dia e isso diminui, naturalmente, em torno de 12 a 18 meses de vida.
Caso a criança apresente vários episódios de regurgitação ao dia, porém com ganho de peso adequado, sem comprometimento no desenvolvimento e crescimento, sono tranquilo e/ou ausência de sintomas respiratórios recorrente, o refluxo é fisiológico, isto é, normal.
Quando o refluxo deixa de ser fisiológico e passa a ser considerado patológico, ou seja, doença do refluxo gastroesofágico, o lactente, principalmente após o sexto mês de vida, apresenta as seguintes manifestações clínicas,
1- Regurgitações e vômitos;
2- Dificuldade para mamar;
3- Aumento na frequência de eructações e soluços;
4- Náuseas;
5- Choro excessivo, irritabilidade, dificuldade para dormir;
6- Déficit de ganho de peso e/ou crescimento;
7- Apneia e síndrome da quase morte súbita;
8- Rouquidão e estridor (guincho no final da inspiração);
9- Sibilância (chiado no peito).
10- O bebê se recusa a comer, ou começa a mamar e logo chora
11- Postura anormal da cabeça, chamada síndrome de Sandifer, quando o bebê se curva todo, o refluxo ocorre, sentindo muita dor.

Como amenizar o refluxo fisiológico
 -Manter o bebê em posição vertical por 20 a 30 minutos após a mamada 
- Evitar “chacoalhar “a criança após as mamadas
-Dormir em posição supina (barriga para cima) com elevação da cabeceira do berço 30-40 graus
-Rever a técnica de amamentação, reduzindo a possibilidade de ingestão aérea excessiva
-Utilização de fórmulas espessadas
-Fracionamento da dieta
-Evitar exposição passiva ao fumo

O pediatra é capaz de identificar o refluxo fisiológico e diferenciá-lo da doença do refluxo gastroesofágico, por isso é importante que seu filho mantenha um acompanhamento pediátrico regularmente.





Feridinhas na pele


Em nossa pele, boca e trato respiratório superior, habitam bactérias que vivem em harmonia com o nosso organismo. No entanto, um ferimento superficial na pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo lesões provocadas por outras doenças de pele serve de porta de entrada para esses microorganismos, e, se há uma queda da imunidade, transformam-se em doença.
 A mais comum é o impetigo, uma infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele,  altamente contagiosa muito comum em crianças principalmente entre 2 a 6 anos de idade, ocorrendo frequentemente nos meses quentes e úmidos e em ambientes com condições precárias de higiene.
A transmissão ocorre após o contato direto da ferida infectada, ou de gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou , ainda, por objetos contaminados, como roupas, toalhas, lençóis ou brinquedos. E o período de incubação varia de 4 a 10 dias, fase em que o paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum sinal visível. 
A manifestação clínica do impetigo comum surge com pequenas bolhas parecidas com espinhas cheias de pus, especialmente ao redor do nariz e da boca, mas que também podem surgir nos braços e nas pernas. Quando rompem e vazam, essas bolhinhas dão lugar a feridas avermelhadas que, depois, são cobertas por uma crosta cor de mel, que cai sem deixar cicatrizes. 
O diagnóstico é clínico baseado na história e exame físico do paciente.
Em  geral, o impetigo é uma doença com boa evolução, desde que receba o tratamento adequado. Raramente evolui com complicações tais como : Glomerulonefrite pós estreptocócica , doença que acomete os rins;  e celulite infecciosa, doença grave, potencialmente fatal, que afeta os tecidos sob a pele e pode alcançar os nódulos linfáticos, a corrente sanguínea e disseminar-se pelo organismo.
O tratamento medicamentoso com uso de antibióticos que pode ser oral ou tópicos, é preferencialmente nas primeiras 48h de inicio da doença afim de evitar complicações. O risco de contágio desaparece somente após 48h depois do inicio do tratamento com antibióticos ou quando as feridas deixarem de eliminar secreção ou ja estão cicatrizadas.  
Mesmo com a melhora clínica, é fundamental que o uso do antibiótico seja mantido nos horários e prazos prescritos pelo médico, afim de evitar resistência bacteriana, e possíveis complicações.

Além disso, você deve observar as seguintes recomendações:
  • Nunca se descuide dos cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e depois de usar o banheiro;
  • Não compartilhe com as pessoas doentes objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, pentes e escova de cabelo, por exemplo;
  • Evite tocar nas feridas, se elas já apareceram na pele, para não espalhar a infecção por outras partes do corpo;
  • Lave as lesões com água e sabão, seque bem e cubra com gaze ou outro tipo de curativo;
  • Use lenços de papel para assoar o nariz ou quando espirrar e, depois descarte-os.

Lembre-se : a diferença entre o veneno e o remédio é a dose, por isso não se automedique. Procure sempre um especialista para te auxiliar.

terça-feira, 5 de maio de 2020










Lactente apresentando choro súbito, inexplicado e inconsolável apesar de estar saciado, com fraldas limpas, 
em ambiente e em temperatura amena, pode sugerir cólica. 

O diagnóstico é exclusivamente clínico e,  segundo  critérios de WESSEL,  consiste na regra dos 3 (três):
  • Duram pelo menos 3 horas, 
  • Ocorrem pelo menos 3 dias por semana,
  • Ocorrem pelo menos 3 semanas seguidas,
  • Desaparecem aos 3 meses de vida.
O lactente se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados, as mãos ficam crispadas, as coxas fletidas sobre o 
abdome; com freqüência ocorre a eliminação de gases, que parece trazer um alívio temporário. Com breves pausas, 
o choro pode se prolongar por horas; o choro é inconsolável, o que traz aos pais sentimentos de frustração e impotência.
Aparecem  no primeiro mês de vida, atingindo o pico, aproximadamente, em  6 (seis) semanas de idade e cessam, 
de maneira segura e espontânea, aos 3 a 4 meses.

As causas ainda são incompreensíveis, porém há estudos sugerindo algumas hipóteses:
  • Imaturidade do sistema nervoso central;
  • Intolerancia a lactose;
  • Anormalidades em hormônios gastrointestinais;
  • Alteração da motilidade e na colonização do intestino 

Variações alimentares maternas durante o aleitamento exclusivo não têm embasamento científico, que contribuam 
para o surgimento das cólicas do lactente.  Importante é priorizar os alimentos naturais, com legumes, verduras, 
cereais, frutas e proteínas, mantendo o cardápio equilibrado, e com a ingestão hídrica abundante.  
Já as comidas processadas têm de ser evitadas, não apenas porque são pobres em nutrientes, como por causa 
do excesso de gordura, açúcar, sal e conservantes. 

O que fazer para amenizar as cólicas do lactente?
  • Manter a rotina do bebê, com horários de banho, passeio, dormidas;
  • Ambiente tranquilo; 
  • Reduzir a quantidade de estímulos ao bebê, tal como os  tapinhas, levantar e sacudí-lo  e reduzir a estimulação auditiva;
  • Levar o bebê ao colo e manter contato direto entre a barriga do lactente com o corpo do cuidador ou aplicar compressa morna com um pano  pré aquecido ou dar um banho morno e relaxante;
  • Fazer  “ginástica “, flexionando a perna do bebê sobre o seu abdome;
  • Não ofrecer água ou chás;
  • Não fornecer medicação sem o conhecimento do pediatra
  • Mantenha seu pediatra sempre informado e siga suas orientações.
Não se desespere, a cólica do lactente vai passar!




quinta-feira, 23 de abril de 2020






Manutenção do calendário vacinal em tempos de pandemia 
O isolamento social é a estratégia mais eficaz no controle do Coronavirus- COVID-19-, doença em larga expansão em todo mundo, porém não se pode prescindir da manutenção das vacinas de rotina, considerado um serviço essencial e  imprescindível. Mesmo por breves períodos, a descontinuidade pode acarretar o aumento do número de indivíduos suscetíveis e a probabilidade de surtos de doenças evitáveis por vacinas. Ademais, sobrecarrega o sistema de saúde, seja por hospitalizações por doenças imunopreviníveis, ou  por confusão diagnóstica, como, por exemplo, a possibilidade do COVID-19, quando cursa com lesões na pele gerar dúvidas no diagnóstico diferencial com o sarampo e a dengue, visto que lesões na pele semelhantes  também estão presentes em tais doenças.
Diante disto pode-se manter o calendário de vacinação em dia mesmo em época de pandemias, basta tomar alguns cuidados:

  • Buscar unidade de saúde próxima a sua residência com horários menos concorridos
  • Manter o distanciamento social evitando aglomerações, e sempre lembrar da etiqueta respiratória e utilização de máscaras 
  • Aplicar o maior número de vacinas possível em uma mesma visita, respeitando-se o intervalo mínimo entre as doses e, se for o caso, entre vacinas.
  • A vacinação domiciliar também é uma boa opção nos casos de isolamento
  • Na presença de alguns sintomas de infecção respiratória ou febre, ou ainda suspeita de coronavírus, não busque a vacinação , aguarde a resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias do isolamento, poderá ser vacinado.


NÃO PERMITA QUE A HERANÇA DO COVID-19 VÁ ALÉM DO ISOLAMENTO SOCIAL, MANTENHA, EM DIA, O CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO.
Qualquer dúvida entre em contato por email : mariacriscuna@gmail.com

domingo, 19 de abril de 2020

Dia Mundial do Planeta - 22 de Abril









O isolamento social fez a Terra “desacelerar” e com isso percebemos que a atividade humana gera impacto ambiental que compromete o meio em que vivemos. A interrupção da mobilidade global gerou algo positivo no planeta. A paisagem de muitos locais se modificou com a presença de animais nativos mais intensa no meio urbano, o ar se tornou mais leve e até mesmo o som dos pássaros pode ser ouvido com mais intensidade.
É momento de reflexão e reinventar  forma de convivência  entre as pessoas e o planeta, sem que a vida não seja sacrificada em nome da economia e do capitalismo exagerado.

CUIDAR DO PLANETA SIGNIFICA CUIDAR DE NÓS MESMOS.


domingo, 12 de abril de 2020




                                                                       XÔ  PIOLHO


Piolho é um inseto minúsculo que parasita o couro cabeludo e se alimenta de sangue, e,  apesar de ser muito comum em crianças, pode infestar qualquer pessoa. 
Ele se instala na base do cabelo onde deposita seus ovos, sendo que, cada piolho pode produzir 5 a 10 ovos por dia, as famosas lêndeas, que tem o ciclo de 7 dias. Sendo assim, em um mês pode atingir 300 piolhos, uma infestação que deve ser controlada o quanto antes.
 Apesar de ser um inseto sem asas e com pernas não adaptadas ao salto, isto é, não voa nem pula, o contágio ocorre pois, por ser leve é facilmente carregado pelo vento.

QUAIS AS FORMAS DE CONTÁGIO?
  • De um couro cabeludo para outro, de forma direta, basta um abraço apertado
  • Compartilhar escovas e pentes, adereços de cabelo, bonés e chapéus e até mesmo cachecol com pessoas contaminados

QUAIS OS SINTOMAS?
  • Coceira na cabeça
  • Vermelhidão na cabeça, 
  • Descamação atrás da nuca ou das orelhas

O QUE FAZER
  • Analisar o cabelo afim de confirmar a presença desses bichinhos indesejáveis. 
  • No caso de nossos pequenos, deve-se avisar à escola que seu filho está com piolho e, que está sendo tratado, podendo frequentar normalmente o ambiente escolar. 
  • Utilizar xampus ou loções adequadas aplicada diretamente no couro cabeludo, deixando a espuma agir por cerca de 30 minutos. 
  • Uma boa dica é utilizar uma mistura caseira de duas colheres de vinagre de maçã diluídos em um litro de água, aplicar no cabelo e abafar por meia hora antes do uso de pente fino.
  • o uso de pente fino é essencial para a retirada das lêndeas que grudam na raíz do cabelo, e são responsáveis pela coceira, o que pode gerar feridas no couro cabeludo e complicar com infecções locais. 
  • Trocar fronhas, toalhas e lençóis diariamente durante o tratamento
  • O uso de medicamento oral deve ser avaliado e indicado por um profissional da saúde.

COMO SE PREVINIR?
  • Manter a higiene do couro cabeludo adequadamente
  • Trocar com freqüência as roupas de cama e toalhas
  • Higienizar as escovas e pentes diariamente deixando-os submersos em água quente por 10 minutos.
  • Para os de cabelos compridos, manter escovados e presos
  • Não compartilhar adereços de cabelo, bem como bonés e chapéus.
  • inspecione a cabeça toda semana à procura de piolhos e lêndeas utilizando o pente fino.

FIQUE DE OLHO, A AÇAO PRECOCE ECONOMIZA TEMPO E ENERGIA !






Fraldas descartáveis X fraldas de pano

Em meados dos anos 40 as fraldas descartáveis surgiram no mundo proporcionando aos pais mais tempo livre com seus filhos, já que as lavagens das fraldas de pano foram abolidas. Porém toda essa liberdade gera um preço: a natureza é agredida desde a sua confecção, que utiliza recursos naturais tal como árvores, petróleo e água, até seu descarte, pois uma fralda descartável demora até 600 anos para se decompor.  Além disso, o uso de produtos químicos em sua composição aumenta as chances de provocar alergias à pele do bebê. 
As fraldas de pano vêm ganhando espaço no cenário atual, já que o custo é bem mais baixo em comparação às descartáveis. Como são feitas de algodão, dão menos chance de desencadear alergias, dispensando o uso das pomadas para prevenir assaduras pois são mais aeradas e esquentam menos que as fraldas descartáveis. Causam menos impacto ambiental já que são reutilizáveis além disso, as modernas são feitas com material que se decompõem na natureza em até 6 meses. 
 Se conservadas adequadamente podem ser utilizadas por mais de uma criança, onerando menos ainda o seu custo no orçamento de uma família com mais de um filho.  Para tal é importante que os pais observem o seu uso. Sempre que a criança fizer xixi, retirar e colocar em um balde seco e com tampa para que possam ser acumuladas e lavadas juntas. Elas podem ficar armazenadas de 3 a 4 dias. Quando as fraldas estiverem sujas de cocô, retirar o excesso de resíduo com água e depois junte ás outras no balde. Não deixar de molho. Podem ser lavadas a mão e na máquina de lavar, porém não utilizar água com temperatura acima de 40°C. Utilizar sabão que costuma lavar as roupas do bebê. Não utilizar amaciantes, alvejantes, e retirar o excesso de sabão, pois podem ocasionar irritações na pele do bebê. O uso de pomadas contra assadura pode danificar o tecido das fraldas e, se necessário o se  uso, utilize  forro para que a pomada não entre em contato com a fralda, desaconselhando passar a ferro. Os absorventes também devem ser lavados basicamente da mesma forma que as fraldas de pano. 
Não há restrição ao seu uso e qualquer criança pode usar, desde as recém-nascidas até as maiores que ainda não desfraldaram com até 30Kg. 
As mais modernas são compostas por duas partes: a capa, parte externa que é muito semelhante às antigas calças plásticas, e o absorvente que é a parte interna da fralda que evita vazamento, retendo o xixi. 
Há no mercado grande variedade de modelos de fraldas de pano, com tamanho único com ajustes através de elásticos e botões. Acompanham o crescimento do bebê e possuem mais durabilidade.
 Há opções de estampas a serem escolhidas bem como o material externo pode ser de poliuretano laminado, algodão, soft, minky, poliamida e plush.  O seu interior pode ser algodão, soft, dry-fit, suede.
Quanto aos absorventes, os materiais podem sem de algodão, microfibra, cânhamo ou hemp, bambu, fleece, zorb, moleton

A escolha é sua!