quarta-feira, 1 de julho de 2020






Feridinhas na pele


Em nossa pele, boca e trato respiratório superior, habitam bactérias que vivem em harmonia com o nosso organismo. No entanto, um ferimento superficial na pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo lesões provocadas por outras doenças de pele serve de porta de entrada para esses microorganismos, e, se há uma queda da imunidade, transformam-se em doença.
 A mais comum é o impetigo, uma infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele,  altamente contagiosa muito comum em crianças principalmente entre 2 a 6 anos de idade, ocorrendo frequentemente nos meses quentes e úmidos e em ambientes com condições precárias de higiene.
A transmissão ocorre após o contato direto da ferida infectada, ou de gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou , ainda, por objetos contaminados, como roupas, toalhas, lençóis ou brinquedos. E o período de incubação varia de 4 a 10 dias, fase em que o paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum sinal visível. 
A manifestação clínica do impetigo comum surge com pequenas bolhas parecidas com espinhas cheias de pus, especialmente ao redor do nariz e da boca, mas que também podem surgir nos braços e nas pernas. Quando rompem e vazam, essas bolhinhas dão lugar a feridas avermelhadas que, depois, são cobertas por uma crosta cor de mel, que cai sem deixar cicatrizes. 
O diagnóstico é clínico baseado na história e exame físico do paciente.
Em  geral, o impetigo é uma doença com boa evolução, desde que receba o tratamento adequado. Raramente evolui com complicações tais como : Glomerulonefrite pós estreptocócica , doença que acomete os rins;  e celulite infecciosa, doença grave, potencialmente fatal, que afeta os tecidos sob a pele e pode alcançar os nódulos linfáticos, a corrente sanguínea e disseminar-se pelo organismo.
O tratamento medicamentoso com uso de antibióticos que pode ser oral ou tópicos, é preferencialmente nas primeiras 48h de inicio da doença afim de evitar complicações. O risco de contágio desaparece somente após 48h depois do inicio do tratamento com antibióticos ou quando as feridas deixarem de eliminar secreção ou ja estão cicatrizadas.  
Mesmo com a melhora clínica, é fundamental que o uso do antibiótico seja mantido nos horários e prazos prescritos pelo médico, afim de evitar resistência bacteriana, e possíveis complicações.

Além disso, você deve observar as seguintes recomendações:
  • Nunca se descuide dos cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e depois de usar o banheiro;
  • Não compartilhe com as pessoas doentes objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, pentes e escova de cabelo, por exemplo;
  • Evite tocar nas feridas, se elas já apareceram na pele, para não espalhar a infecção por outras partes do corpo;
  • Lave as lesões com água e sabão, seque bem e cubra com gaze ou outro tipo de curativo;
  • Use lenços de papel para assoar o nariz ou quando espirrar e, depois descarte-os.

Lembre-se : a diferença entre o veneno e o remédio é a dose, por isso não se automedique. Procure sempre um especialista para te auxiliar.

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