quarta-feira, 1 de julho de 2020






Meu filho golfa na maioria das mamadas. Será normal?

Quando o conteúdo alimentar do estômago retorna para o esôfago, de forma espontânea, caracteriza-se refluxo gastroesofágico e pode manifestar-se apenas como refluxo ou, quando o alimento é expelido pela boca, como regurgitação, conhecida como “golfo” nos bebês.
A frequência com que ocorre o fenômeno e quando causa complicações, passa a ser um problema.
O refluxo é uma condição fisiológica da criança, principalmente até o primeiro ano de vida, pois o mecanismo que contribui para que o alimento não volte para o esôfago, ainda é imaturo. A musculatura que há na extremidade distal do esôfago ainda é incompetente favorecendo o fluxo do conteúdo alimentar do estômago para o esôfago. Sendo assim, qualquer aumento da pressão intrabdominal, que pressione o estômago, como por exemplo, choro, tosse ou até mesmo o ato de evacuar ou trocar as fraldas, favorece o refluxo 
Além disso a alimentação e a posição contribuem para o refluxo, haja vista que bebês se alimentam, nos primeiros meses de vida, basicamente de líquido e ficam muito tempo deitados. Conforme a criança cresce a introdução de alimentos sólidos e a posição ereta, que favorece o esvaziamento gástrico, diminui a presença do refluxo.
A ocorrência do refluxo se dá em seu pico em torno dos 4 meses de vida, quando a criança se movimenta mais, ocorrendo ao menos um episódio de regurgitação ao dia e isso diminui, naturalmente, em torno de 12 a 18 meses de vida.
Caso a criança apresente vários episódios de regurgitação ao dia, porém com ganho de peso adequado, sem comprometimento no desenvolvimento e crescimento, sono tranquilo e/ou ausência de sintomas respiratórios recorrente, o refluxo é fisiológico, isto é, normal.
Quando o refluxo deixa de ser fisiológico e passa a ser considerado patológico, ou seja, doença do refluxo gastroesofágico, o lactente, principalmente após o sexto mês de vida, apresenta as seguintes manifestações clínicas,
1- Regurgitações e vômitos;
2- Dificuldade para mamar;
3- Aumento na frequência de eructações e soluços;
4- Náuseas;
5- Choro excessivo, irritabilidade, dificuldade para dormir;
6- Déficit de ganho de peso e/ou crescimento;
7- Apneia e síndrome da quase morte súbita;
8- Rouquidão e estridor (guincho no final da inspiração);
9- Sibilância (chiado no peito).
10- O bebê se recusa a comer, ou começa a mamar e logo chora
11- Postura anormal da cabeça, chamada síndrome de Sandifer, quando o bebê se curva todo, o refluxo ocorre, sentindo muita dor.

Como amenizar o refluxo fisiológico
 -Manter o bebê em posição vertical por 20 a 30 minutos após a mamada 
- Evitar “chacoalhar “a criança após as mamadas
-Dormir em posição supina (barriga para cima) com elevação da cabeceira do berço 30-40 graus
-Rever a técnica de amamentação, reduzindo a possibilidade de ingestão aérea excessiva
-Utilização de fórmulas espessadas
-Fracionamento da dieta
-Evitar exposição passiva ao fumo

O pediatra é capaz de identificar o refluxo fisiológico e diferenciá-lo da doença do refluxo gastroesofágico, por isso é importante que seu filho mantenha um acompanhamento pediátrico regularmente.





Feridinhas na pele


Em nossa pele, boca e trato respiratório superior, habitam bactérias que vivem em harmonia com o nosso organismo. No entanto, um ferimento superficial na pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo lesões provocadas por outras doenças de pele serve de porta de entrada para esses microorganismos, e, se há uma queda da imunidade, transformam-se em doença.
 A mais comum é o impetigo, uma infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele,  altamente contagiosa muito comum em crianças principalmente entre 2 a 6 anos de idade, ocorrendo frequentemente nos meses quentes e úmidos e em ambientes com condições precárias de higiene.
A transmissão ocorre após o contato direto da ferida infectada, ou de gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou , ainda, por objetos contaminados, como roupas, toalhas, lençóis ou brinquedos. E o período de incubação varia de 4 a 10 dias, fase em que o paciente pode transmitir a doença, apesar de não apresentar nenhum sinal visível. 
A manifestação clínica do impetigo comum surge com pequenas bolhas parecidas com espinhas cheias de pus, especialmente ao redor do nariz e da boca, mas que também podem surgir nos braços e nas pernas. Quando rompem e vazam, essas bolhinhas dão lugar a feridas avermelhadas que, depois, são cobertas por uma crosta cor de mel, que cai sem deixar cicatrizes. 
O diagnóstico é clínico baseado na história e exame físico do paciente.
Em  geral, o impetigo é uma doença com boa evolução, desde que receba o tratamento adequado. Raramente evolui com complicações tais como : Glomerulonefrite pós estreptocócica , doença que acomete os rins;  e celulite infecciosa, doença grave, potencialmente fatal, que afeta os tecidos sob a pele e pode alcançar os nódulos linfáticos, a corrente sanguínea e disseminar-se pelo organismo.
O tratamento medicamentoso com uso de antibióticos que pode ser oral ou tópicos, é preferencialmente nas primeiras 48h de inicio da doença afim de evitar complicações. O risco de contágio desaparece somente após 48h depois do inicio do tratamento com antibióticos ou quando as feridas deixarem de eliminar secreção ou ja estão cicatrizadas.  
Mesmo com a melhora clínica, é fundamental que o uso do antibiótico seja mantido nos horários e prazos prescritos pelo médico, afim de evitar resistência bacteriana, e possíveis complicações.

Além disso, você deve observar as seguintes recomendações:
  • Nunca se descuide dos cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos com frequência, especialmente antes das refeições e depois de usar o banheiro;
  • Não compartilhe com as pessoas doentes objetos de uso pessoal, como toalhas, lençóis, pentes e escova de cabelo, por exemplo;
  • Evite tocar nas feridas, se elas já apareceram na pele, para não espalhar a infecção por outras partes do corpo;
  • Lave as lesões com água e sabão, seque bem e cubra com gaze ou outro tipo de curativo;
  • Use lenços de papel para assoar o nariz ou quando espirrar e, depois descarte-os.

Lembre-se : a diferença entre o veneno e o remédio é a dose, por isso não se automedique. Procure sempre um especialista para te auxiliar.

terça-feira, 5 de maio de 2020










Lactente apresentando choro súbito, inexplicado e inconsolável apesar de estar saciado, com fraldas limpas, 
em ambiente e em temperatura amena, pode sugerir cólica. 

O diagnóstico é exclusivamente clínico e,  segundo  critérios de WESSEL,  consiste na regra dos 3 (três):
  • Duram pelo menos 3 horas, 
  • Ocorrem pelo menos 3 dias por semana,
  • Ocorrem pelo menos 3 semanas seguidas,
  • Desaparecem aos 3 meses de vida.
O lactente se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados, as mãos ficam crispadas, as coxas fletidas sobre o 
abdome; com freqüência ocorre a eliminação de gases, que parece trazer um alívio temporário. Com breves pausas, 
o choro pode se prolongar por horas; o choro é inconsolável, o que traz aos pais sentimentos de frustração e impotência.
Aparecem  no primeiro mês de vida, atingindo o pico, aproximadamente, em  6 (seis) semanas de idade e cessam, 
de maneira segura e espontânea, aos 3 a 4 meses.

As causas ainda são incompreensíveis, porém há estudos sugerindo algumas hipóteses:
  • Imaturidade do sistema nervoso central;
  • Intolerancia a lactose;
  • Anormalidades em hormônios gastrointestinais;
  • Alteração da motilidade e na colonização do intestino 

Variações alimentares maternas durante o aleitamento exclusivo não têm embasamento científico, que contribuam 
para o surgimento das cólicas do lactente.  Importante é priorizar os alimentos naturais, com legumes, verduras, 
cereais, frutas e proteínas, mantendo o cardápio equilibrado, e com a ingestão hídrica abundante.  
Já as comidas processadas têm de ser evitadas, não apenas porque são pobres em nutrientes, como por causa 
do excesso de gordura, açúcar, sal e conservantes. 

O que fazer para amenizar as cólicas do lactente?
  • Manter a rotina do bebê, com horários de banho, passeio, dormidas;
  • Ambiente tranquilo; 
  • Reduzir a quantidade de estímulos ao bebê, tal como os  tapinhas, levantar e sacudí-lo  e reduzir a estimulação auditiva;
  • Levar o bebê ao colo e manter contato direto entre a barriga do lactente com o corpo do cuidador ou aplicar compressa morna com um pano  pré aquecido ou dar um banho morno e relaxante;
  • Fazer  “ginástica “, flexionando a perna do bebê sobre o seu abdome;
  • Não ofrecer água ou chás;
  • Não fornecer medicação sem o conhecimento do pediatra
  • Mantenha seu pediatra sempre informado e siga suas orientações.
Não se desespere, a cólica do lactente vai passar!




quinta-feira, 23 de abril de 2020






Manutenção do calendário vacinal em tempos de pandemia 
O isolamento social é a estratégia mais eficaz no controle do Coronavirus- COVID-19-, doença em larga expansão em todo mundo, porém não se pode prescindir da manutenção das vacinas de rotina, considerado um serviço essencial e  imprescindível. Mesmo por breves períodos, a descontinuidade pode acarretar o aumento do número de indivíduos suscetíveis e a probabilidade de surtos de doenças evitáveis por vacinas. Ademais, sobrecarrega o sistema de saúde, seja por hospitalizações por doenças imunopreviníveis, ou  por confusão diagnóstica, como, por exemplo, a possibilidade do COVID-19, quando cursa com lesões na pele gerar dúvidas no diagnóstico diferencial com o sarampo e a dengue, visto que lesões na pele semelhantes  também estão presentes em tais doenças.
Diante disto pode-se manter o calendário de vacinação em dia mesmo em época de pandemias, basta tomar alguns cuidados:

  • Buscar unidade de saúde próxima a sua residência com horários menos concorridos
  • Manter o distanciamento social evitando aglomerações, e sempre lembrar da etiqueta respiratória e utilização de máscaras 
  • Aplicar o maior número de vacinas possível em uma mesma visita, respeitando-se o intervalo mínimo entre as doses e, se for o caso, entre vacinas.
  • A vacinação domiciliar também é uma boa opção nos casos de isolamento
  • Na presença de alguns sintomas de infecção respiratória ou febre, ou ainda suspeita de coronavírus, não busque a vacinação , aguarde a resolução dos sintomas e passado o período de 14 dias do isolamento, poderá ser vacinado.


NÃO PERMITA QUE A HERANÇA DO COVID-19 VÁ ALÉM DO ISOLAMENTO SOCIAL, MANTENHA, EM DIA, O CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO.
Qualquer dúvida entre em contato por email : mariacriscuna@gmail.com

domingo, 19 de abril de 2020

Dia Mundial do Planeta - 22 de Abril









O isolamento social fez a Terra “desacelerar” e com isso percebemos que a atividade humana gera impacto ambiental que compromete o meio em que vivemos. A interrupção da mobilidade global gerou algo positivo no planeta. A paisagem de muitos locais se modificou com a presença de animais nativos mais intensa no meio urbano, o ar se tornou mais leve e até mesmo o som dos pássaros pode ser ouvido com mais intensidade.
É momento de reflexão e reinventar  forma de convivência  entre as pessoas e o planeta, sem que a vida não seja sacrificada em nome da economia e do capitalismo exagerado.

CUIDAR DO PLANETA SIGNIFICA CUIDAR DE NÓS MESMOS.


domingo, 12 de abril de 2020




                                                                       XÔ  PIOLHO


Piolho é um inseto minúsculo que parasita o couro cabeludo e se alimenta de sangue, e,  apesar de ser muito comum em crianças, pode infestar qualquer pessoa. 
Ele se instala na base do cabelo onde deposita seus ovos, sendo que, cada piolho pode produzir 5 a 10 ovos por dia, as famosas lêndeas, que tem o ciclo de 7 dias. Sendo assim, em um mês pode atingir 300 piolhos, uma infestação que deve ser controlada o quanto antes.
 Apesar de ser um inseto sem asas e com pernas não adaptadas ao salto, isto é, não voa nem pula, o contágio ocorre pois, por ser leve é facilmente carregado pelo vento.

QUAIS AS FORMAS DE CONTÁGIO?
  • De um couro cabeludo para outro, de forma direta, basta um abraço apertado
  • Compartilhar escovas e pentes, adereços de cabelo, bonés e chapéus e até mesmo cachecol com pessoas contaminados

QUAIS OS SINTOMAS?
  • Coceira na cabeça
  • Vermelhidão na cabeça, 
  • Descamação atrás da nuca ou das orelhas

O QUE FAZER
  • Analisar o cabelo afim de confirmar a presença desses bichinhos indesejáveis. 
  • No caso de nossos pequenos, deve-se avisar à escola que seu filho está com piolho e, que está sendo tratado, podendo frequentar normalmente o ambiente escolar. 
  • Utilizar xampus ou loções adequadas aplicada diretamente no couro cabeludo, deixando a espuma agir por cerca de 30 minutos. 
  • Uma boa dica é utilizar uma mistura caseira de duas colheres de vinagre de maçã diluídos em um litro de água, aplicar no cabelo e abafar por meia hora antes do uso de pente fino.
  • o uso de pente fino é essencial para a retirada das lêndeas que grudam na raíz do cabelo, e são responsáveis pela coceira, o que pode gerar feridas no couro cabeludo e complicar com infecções locais. 
  • Trocar fronhas, toalhas e lençóis diariamente durante o tratamento
  • O uso de medicamento oral deve ser avaliado e indicado por um profissional da saúde.

COMO SE PREVINIR?
  • Manter a higiene do couro cabeludo adequadamente
  • Trocar com freqüência as roupas de cama e toalhas
  • Higienizar as escovas e pentes diariamente deixando-os submersos em água quente por 10 minutos.
  • Para os de cabelos compridos, manter escovados e presos
  • Não compartilhar adereços de cabelo, bem como bonés e chapéus.
  • inspecione a cabeça toda semana à procura de piolhos e lêndeas utilizando o pente fino.

FIQUE DE OLHO, A AÇAO PRECOCE ECONOMIZA TEMPO E ENERGIA !






Fraldas descartáveis X fraldas de pano

Em meados dos anos 40 as fraldas descartáveis surgiram no mundo proporcionando aos pais mais tempo livre com seus filhos, já que as lavagens das fraldas de pano foram abolidas. Porém toda essa liberdade gera um preço: a natureza é agredida desde a sua confecção, que utiliza recursos naturais tal como árvores, petróleo e água, até seu descarte, pois uma fralda descartável demora até 600 anos para se decompor.  Além disso, o uso de produtos químicos em sua composição aumenta as chances de provocar alergias à pele do bebê. 
As fraldas de pano vêm ganhando espaço no cenário atual, já que o custo é bem mais baixo em comparação às descartáveis. Como são feitas de algodão, dão menos chance de desencadear alergias, dispensando o uso das pomadas para prevenir assaduras pois são mais aeradas e esquentam menos que as fraldas descartáveis. Causam menos impacto ambiental já que são reutilizáveis além disso, as modernas são feitas com material que se decompõem na natureza em até 6 meses. 
 Se conservadas adequadamente podem ser utilizadas por mais de uma criança, onerando menos ainda o seu custo no orçamento de uma família com mais de um filho.  Para tal é importante que os pais observem o seu uso. Sempre que a criança fizer xixi, retirar e colocar em um balde seco e com tampa para que possam ser acumuladas e lavadas juntas. Elas podem ficar armazenadas de 3 a 4 dias. Quando as fraldas estiverem sujas de cocô, retirar o excesso de resíduo com água e depois junte ás outras no balde. Não deixar de molho. Podem ser lavadas a mão e na máquina de lavar, porém não utilizar água com temperatura acima de 40°C. Utilizar sabão que costuma lavar as roupas do bebê. Não utilizar amaciantes, alvejantes, e retirar o excesso de sabão, pois podem ocasionar irritações na pele do bebê. O uso de pomadas contra assadura pode danificar o tecido das fraldas e, se necessário o se  uso, utilize  forro para que a pomada não entre em contato com a fralda, desaconselhando passar a ferro. Os absorventes também devem ser lavados basicamente da mesma forma que as fraldas de pano. 
Não há restrição ao seu uso e qualquer criança pode usar, desde as recém-nascidas até as maiores que ainda não desfraldaram com até 30Kg. 
As mais modernas são compostas por duas partes: a capa, parte externa que é muito semelhante às antigas calças plásticas, e o absorvente que é a parte interna da fralda que evita vazamento, retendo o xixi. 
Há no mercado grande variedade de modelos de fraldas de pano, com tamanho único com ajustes através de elásticos e botões. Acompanham o crescimento do bebê e possuem mais durabilidade.
 Há opções de estampas a serem escolhidas bem como o material externo pode ser de poliuretano laminado, algodão, soft, minky, poliamida e plush.  O seu interior pode ser algodão, soft, dry-fit, suede.
Quanto aos absorventes, os materiais podem sem de algodão, microfibra, cânhamo ou hemp, bambu, fleece, zorb, moleton

A escolha é sua!








Páscoa com chocolate!

Na Páscoa, amigos e familiares recebem, de presente, ovos de chocolate, inclusive e, principalmente, nossas crianças. Mas, meu filho pode comer chocolate? 
Se ele é menor de dois anos, NÃO é recomendável. 
 O consumo de doces não é indicado antes dos dois anos de idade já que, nesta fase, o paladar está em pleno desenvolvimento, além de não proporcionar qualquer valor nutricional e  não acarretar qualquer benefício para o organismo.  O chocolate possui em sua composição leite, o que pode desenvolver reações alérgica, polifenóis, substâncias que aumentam a produção de serotonina, hormônio relacionado ao bem-estar, o que pode “viciar”a ingestão de chocolate; e cafeína, um potente estimulante. 
 Durante os primeiros dois anos de vida é o momento de estimular a percepção dos gostos com a oferta de variedades de verduras, legumes e frutas, restringindo-se o açúcar aos alimentos naturais. Depois dos dois anos de idade a oferta de açúcar deve ser feita com parcimônia. A OMS recomenda que a ingestão diária de açúcar não ultrapasse de 25g  o que representa três colheres de chá.
Importante é que essa oferta seja ocasional, em pequenas doses e nunca permitir a substituição de refeições por doces. Geralmente, as crianças que ultrapassam a ingestão  diária de açúcar estão mais predispostas às doenças crônicas, síndromes metabólicas, lesões no fígado e obesidade.
Portanto, se seu filho, acima de dois anos, recebeu de presente ovos de chocolate, recomenda-se dividir em pequenas porções, que é boa opção  para evitar o consumo exagerado e os efeitos negativos associados ao açúcar e às gorduras presentes no doce, afastando as cáries, colesterol e triglicerídeos altos, e a obesidade.   
Chocolate feito com o grão de cacau, um fruto de alto valor nutricional, rico em substâncias benéficas ao organismo, não é somente malefícios.
Podemos citar os benefícios dessa fruta no nosso corpo.
  • Antioxidante, rico em polifenóis e flavonóide retarda o envelhecimento das células ,
  • Anti-inflamatório e vasodilatador, através da redução da quantidade de proteína C reativa no sangue,
  • Melhora o humor, e combate a depressão e a ansiedade, por aumentar a produção de serotonina, neurotransmissor  cerebral responsável pela sensação de prazer e bem estar.
  • Diminui o LDL, colesterol ruim,  protege o coração e previne a formação de coágulos e doenças cardiovasculares.

Porém os benefícios serão aproveitados pelo nosso organismo quando ingerimos o chocolate amargo, com 70% de cacau, que não possui leite, e tem menos açúcar e gorduras. Ressalta -se  que este benefício  ocorre quando o chocolate é inserido em uma dieta balanceada, em quantidade de 25 gramas por dia.  Quantidades acima destas pode ser problemático já que o alimento é muito calórico.
Portanto, delicie-se com um chocolate, com moderação,  sem comprometer a saúde. 

Faça escolhas saudáveis para sua alimentação e a de seu filho.


quinta-feira, 12 de março de 2020







O termo pandemia é utilizado para caracterizar a presença de uma doença contagiosa que se espalha facilmente entre os humanos, e é responsável por um grande número de mortes. Esta é a condição atual na qual o mundo se encontra, onde o COVID-19 espalhou-se por todos os continentes, exceto na Antártica, e já atingiu mais de 118.000 pessoas em 114 países
Doença altamente infecto contagiosa, com início 2 a 14 dias após exposição ao agente viral,  tem sintomas semelhantes aos da gripe, com febre, tosse, falta de ar, dores musculares, e cansaço. Durante esse período de incubação é possível a propagação do vírus, através das gotículas nos espirros, tosse e exalação. Por isso a importância da prevenção através de medidas de higiene como a lavagem frequente das mãos, evitar tocar nos olhos, no nariz ou na boca com as mãos, tapar o nariz e boca ao espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o cotovelo e nunca com as mãos e descartar sempre os lenços de papel no lixo. O uso de máscaras cirúrgicas em pessoas que suspeitem estar contaminadas pelo vírus, bem como contactar imediatamente um serviço de saúde para aconselhamento, é uma medida protetiva.
Entre as possíveis complicações estão a pneumonia, síndrome do desconforto respiratório agudo (SARS), sepse, choque séptico e morte. E, ainda não há tratamento específico para o COVID-19.

Portanto, a prevenção é um importante aliado no combate a essa doença. 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Folia



Carnaval, época de folia, fantasia, purpurina e alegria, que contagia adulto e criança. Os pequenos foliões também podem participar desta festa, com os devidos cuidados, já que não são capazes de avaliar os riscos.  

-Deve-se respeitar a rotina das crianças durante os dias de folia, principalmente em relação à alimentação, pois, muitas vezes, as refeição são realizadas fora de casa. 

-Cuidar da hidratação, sempre oferecendo bastante água à criança além de sucos naturais, e evitar alimentos gordurosos para não atrapalhar o momento das brincadeiras.

-Exposição solar à longos períodos sem o uso de protetor solar infantil adequado pode atrapalhar a folia. Por isso não esqueça de aplicar o protetor solar no mínimo 15 minutos antes da exposição, e retocar a cada duas horas. O uso de chapéus e roupas com proteção solar auxiliam na medida. 

-Fantasia é para todos, de preferência a partir dos dois anos de vida, optando por roupas leves e sapatos confortáveis. 

-O uso de maquiagem não é indicado, já que a pele das crianças é muito sensível e pode ocasionar alergia.

-Atualmente o número de carnavalescos mirins tem aumentado, e com eles os blocos infantis ganharam espaço nas ruas, por isso é preciso manter constante vigilância, para evitar que eles se percam em aglomerações. Recomenda-se que os adultos, responsáveis pelas crianças durante a folia, evitem o uso de álcool, pois muitas vezes eles acabam perdendo os sentidos que são fundamentais para manter os pequenos em segurança. 

-Normalmente as crianças não sabem passar informações para ajudar a encontrar seus responsáveis. Por isso, o ideal é que elas tenham uma identificação, como pulseiras ou etiquetas pregadas na roupa com dados referentes à criança: nome completo, nome do responsável por ela no evento, número do telefone celular do adulto e endereço da residência da criança. Não deixar as crianças aos cuidados de estranhos, e orientem seus filhos para que eles nunca acompanhem estranhos.

-Crianças com celulares ou câmeras digitais sozinhas são alvo fácil da ação de criminosos. Fiquem atentos!

Mas precisamos lembrar de nossos adolescentes, que querem curtir o Carnaval sozinhos ao lado dos amigos. Então aí vão algumas recomendações:




-Drogas e bebidas, jogo aberto e conversa franca: a importância de se manter atento as possibilidades de alguém colocar droga no copo de seu filho, sem que ele perceba, ou de ser levado para um local deserto. Oriente a permanecer sempre junto ao grupo. Caso opte por beber, faça de forma equilibrada, sem ultrapassar limites, e nunca dirija ou aceite carona de amigo embriagado. 

-Retorno para a casa: combine um horário para o retorno de casa, e solicito que faça contato de tempos em tempos, para avisar que está tudo bem.

-Fotos: adolescentes não se desgrudam dos celulares, porém as fotos devem ser tiradas em locais tranquilos e o aparelho deve estar sempre bem guardado. 

-Sexo é muito bom, porém com segurança e responsabilidade: alertem seus filhos quanto aso riscos das práticas sexuais desprotegidas.

 Estabeleça uma relação de carinho e confiança com seu adolescente, que se sentem imbatíveis e tem o seguinte discurso “mãe, isso nunca vai acontecer comigo, fica tranquila,sou sagaz !”

Quem ama protege, PREVENÇAO É A SOLUÇAO

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020


Febre


O que é febre?
Febre é o aumento da temperatura do corpo. Sabe-se que pequenas variações da temperatura corporal, dependendo do ambiente e da atividade realizada pela criança, são consideradas normais. Portanto, a temperatura corporal normal encontra-se na faixa de 36,5ºC a 37ºC, podendo ter variações maiores (35,5ºC a 37,5ºC). Geralmente, temperatura acima de 37,8ºC já é febre.
Febre não é doença, mas sim o sintoma mais comum da infância.

Por que temos febre?
A febre é uma resposta do organismo à uma agressão. É um sinal de alerta de que o corpo  esta sendo “invadido” por um determinado agente, que pode ser vírus, bactéria ou fungo, sendo assim, mecanismo de defesa. Nestes casos, a orientação básica e o tratamento da febre em si é voltado no sentido de mantê-la em níveis clínicos compatíveis, até que ceda o processo infeccioso.

Quais as causas mais comuns da febre em crianças ?
A febre pode ser o sintoma de infecção que na maioria das vezes é viral.
Geralmente, recém-nascidos até 1 mês, não apresentam sintomas muito precisos e os quadros infecciosos podem ser potencialmente graves, daí a importância de consultar SEMPRE o pediatra. Os sinais de alerta, além da febre, são inapetência, vômitos e hipoatividade. Mas algumas situações em crianças sadias podem elevar a temperatura, como pouca ingestão de leite materno ou líquidos nas crianças que não amamentadas ao seio materno, roupas em excesso, ambientes muito abafados.
Assim como os recém nascidos, crianças até o terceiro mês de vida também necessitam de atenção especial, pois os sintomas são vagos e a avaliação do pediatria é imprescindível.
Os bebês no primeiro ano são frequentemente acometidos por resfriados, ou outras viroses não respiratórias como or exemplo a gastroenterite aguda. É comum também apresentar febre após aplicação de vacinas
Nas crianças em idade pré-escolar, entre 1 a 5 anos, as febres são por infecções respiratórias, especialmente as amigdalites, faringites e infecções de ouvido. As infecções que se manifestam com erupções na pele, por exemplo, rubéola, catapora, sarampo, também manifestam-se com febre.
E, novamente as infecções respiratórias são as causas mais comuns da febre durante a fase escolar de 6 a 14 anos.

Por que as crianças tem febre com mais freqüência que os adultos?
Isto se deve à imaturidade do sistema imunológico, do pouco contato anterior com agentes infecciosos e devido à introdução precoce da criança em ambientes fechados com outras pessoas, facilitando a transmissão e aquisição de doenças respiratórias.

Como medir corretamente a temperatura?
É importante avaliar a temperatura corporal com termômetro, e não confiar na verificação da temperatura através da “mão na testa”. 

Temperaturas elevadas estão associadas a doenças mais graves?
Não existe esta associação. O importante em um quadro febril é observar o estado geral da criança no período entre os picos de febre.

Quando procurar uma orientação médica no caso de febre?
Toda criança abaixo de 3 meses de vida deverá ser avaliada pelo pediatra no caso de febre, isto é, temperatura acima de 37,8ºC.
O mais importante é observar o estado geral da criança. Normalmente, pode-se aguardar 2 a 3 dias até que o quadro se defina e o pediatra possa orientar e medicar melhor.  Caso a criança apresente-se  com pouca reação, com irritabilidade, choro intenso, sem querer mamar, ou recusando líquidos, observados no período entre os picos de febre, o pediatra deverá ser consultado, imediatamente. 
O surgimento de outros sinais ou sintomas, como por exemplo, manchas pelo corpo, falta de ar, vômitos, diarréia, dor de cabeça, também são indicativo de assistência médica.

Febre pode causar convulsão?
Não é a febre que provoca a crise convulsiva, mas sim a velocidade com que a temperatura se eleva. Se a temperatura sobe muito rápido, algumas crianças, PREDISPOSTAS, na faixa etária entre 6 meses a 6 anos de vida, podem ter a chamada convulsão febril, que é um quadro benigno, autolimitado e que, na grande maioria, não deixa sequelas. Apesar disto, qualquer quadro convulsivo, inclusive o febril, deverá ser investigado.


Posso utilizar antitérmicos?

A vantagem do uso de antitérmico é trazer conforto ao paciente, uma vez que também tem ação analgésica. Com a criança mais “espertinha “, ela irá aceitar melhor líquidos e diminuirá a chance da desidratação.
O uso de antitérmicos de forma regular, isto é, de horário, mesmo que a criança não apresente febre, não é recomendado pois pode dificultar o diagnóstico.
É importante ter cautela com o uso de qualquer tipo de medicação, pois na dose errada pode acarretar danos aos rins e fígado, além de serem contra indicados em determinadas infecções.

O que fazer quando a criança tem febre?
Manter a criança com roupas leves, evitando agasalhos, cobertores.
O ambiente deverá estar arejado, fresco e ventilado.
Ofereça bastante líquido à criança
Banhos em temperatura morna, ou compressas úmidas , NUNCA utilize álcool pois é um potente agente irritante à pele da criança.

Não esqueça que o pediatra é a pessoa mais indicada para esclarecer suas dúvidas em relação ao seu filho. Consulte-o sempre que necessário.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020


Meu leite é fraco!

É preciso acabar com o mito de leite fraco. A mulher produz o leite necessário para seu bebê, com a quantidade suficiente de nutrientes para que a criança se desenvolva de forma adequada e saudável.
Alguns fatores que contribuem para que essa dúvida persista:
Meu bebê quer mamar o tempo inteiro:  é natural nos primeiros dias de vida pois a criança está se adaptando a mamar, além disso o leite materno é de digestão rápida o que faz com que o bebê queira  mamar com maior frequência. Outro ponto a ser observado também é a posição da criança e a pega ao peito no momento da amamentação. A criança deverá abocanhar tonto o mamilo quanto a aréola. Assim ele conseguirá mamar muito leite. Caso o bebê coloque apenas o bico do seio na boca ele não conseguirá mamar a quantidade de leite suficiente para a sua saciedade.
Meu filho chora muito :  fique tranquila, pois é a forma que ele tem para se comunicar, então o choro pode ter vários significados e não apenas fome.
Então, a informação adequada trará benefícios não somente para a criança, como também para a mãe e a sociedade como um todo, visto que crianças amamentadas ao seio materno estarão menos propensas à doenças e possíveis alergias.

Amamentar é um ato de amor que estreita o vínculo mãe-filho ❤

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Voce sabe o que puericultura?

Puericultura é uma consulta preventiva regular, realizada por pediatra, com o objetivo de promover a saúde física e mental da criança desde a gestação até a puberdade. Diferente de uma consulta pediátrica, onde há uma queixa específica, a puericultura aborda diversos temas. Atua através de um conjunto de ações e cuidados médicos que avaliam o crescimento ,o desenvolvimento neuropsicomotor e da sexualidade, alimentação e estado nutricional,  rendimento escolar e padrão sono-vigília, padrão das atividades físicas, acuidades auditiva e visual, condições do meio ambiente e cuidados dispensados á criança.  Com isso é possível agir na prevenção e atenuação de doenças que possam vir a acometer a criança na fase adulta.
O conhecimento utilizado de forma direcionada confere o poder de transformar o mundo gerando cidadãos capazes e inteligentes inseridos na sociedade.